Se você tem mais de 30 anos e joga videogame desde a época do Atari, considere-se um felizardo. Você faz parte de um seleto grupo que conseguiu vivenciar todo o período bom da história dos jogos eletrônicos, onde tudo era mais simples, porém, não deixava de ser bastante divertido.

Não existia internet, nem YouTube ou Facebook para que fosse possível pegar de forma fácil dicas dos jogos. A salvação era conversar com seus amigos para saber se algum deles havia conseguido matar um determinado chefe ou descobrir como passar daquela fase onde você empacou. E se mesmo isso não ajudasse, o jeito era comprar uma revista especializada como a Ação Games ou Game Power, famosas nos anos 90. E os jogos eram muito, mas muito bons, tanto que alguns deles até saem para consoles atuais de alguma forma.

Mas, e a garotada que está começando agora? Vão perder todos estes jogos clássicos que se eternizaram ao longo dos anos? A meninada que “nasceu com smartphone na mão”, o garoto com 9-10 anos que só quer saber de Call of Duty e Assassin’s Creed (conheço vários), ou aquela menina que não quer jogar mais nada além de League of Legends? Pois é gente, caso a criança não tenha um pai, mãe, parente próximo ou amigo mais velho que tenha nascido nos anos 70 ou 80, a resposta é quase sempre sim. E nem irão ligar para isso.

Tomb Raider (PC, PlayStation, Sega Saturn)

Talvez você diga: Ah pera, lá, Tomb Raider saiu outro dia. Calma jovem, estou me referindo ao primeiro game da série, aquele onde vocês costumam ver memes comparando uma Lara quase perfeita com a outra que parece uma pintura surrealista de Pablo Picasso. Pois é desta segunda Lara que estou falando. Quem jogou na época (1996) lembra muito bem o que este jogo representou, sendo um dos responsáveis diretos pelo sucesso do PlayStation. Eram os primórdios da jogabilidade em títulos com estilo de plataforma 3D, muito diferente daquilo que existe hoje.